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A CAMINHO DO PEQUENO

Um exemplo pragmático de uma viagem alucinante na redução de escala é o relógio. Os primeiros relógios mecânicos concebidos para serem colocados no topo das torres das igrejas medievais, assentavam em engrenagens enormes e pêndulos gigantes que tinham que ser medidos em metros. Passados alguns séculos, estes instrumentos de medição do tempo passararm a ser usados nos pulsos das pessoas, fruto de uma miniaturização das peças que agora tem dimensões de milímetros. Apesar de uma diminuição da escala de cerca de mil vezes, o princípio físico continua na essência o mesmo nestes "pequenos" relógios de corda, com rubis, etc.

Uma mudança fundamental verificou-se com o aparecimento do relógio de quartzo, que resultou num dispositivo muito menor e com muito maior precisão. Este cristal mede agora milésimos de milímetro de comprimento, o que resulta numa nova diminuição da redução da escala em cerca de mil vezes. Ainda assim, por forma a ser prático, o relógio tem que possibilitar uma leitura fácil das horas, pelo que, o ganho nesta nova miniaturização não foi essencialmente no tamanho, mas no peso e no preço, o que tornou este objecto acessível a toda a gente.

O relógio e a sua sofisticação permitiram com a medição precisa do tempo, a navegação, fruto da medição da longitude, sendo ainda hoje o relógio atómico necessário nos satélites de navegação por GPS..

A nossa viagem ainda agora começou, mas já temos pistas de como a diminuição do tamanho dos objectos obriga ao controle de novos fenómenos físicos com reflexos directos na sociedade.

A electrónica está mais próxima do tema que estamos a abordar e é também um excelente exemplo de como a redução do tamanho leva a novos fenómenos com consequências sobre todos nós.

No início do século XX, já existia luz eléctrica, era possível ir ao cinema, telefonar ou ouvir música em casa com gramofones. A invenção em 1904 do díodo de válvula, permitiu não só, aperfeiçoar todos estes aspectos do nosso quotidiano, como possibilitou a comunicação sem fio, o rádio, a transmissão e recepção de dados complexos a longa distância.

Fruto da invenção do transístor em 1947 e do circuito integrado em 1959, não demorou para a electrónica seguir os passos do relógio, ou seja a miniaturização. Esta nova tecnologia tinha por base materiais semiconditores e dexava para trás os tubos com filamentos. Era o advento da micro electrónica que permitiria o processamento em grande volume e velocidade de dados, e a possibilidade de transmiti-los em quantidade e velocidade impossiveis aos antigos "racks" de válvulas..

A demanda pelo mais pequeno, mais rápido, mais capaz já estava no ponto do "não retorno", o mundo nano começava a perder a invisibilidade e a sua "descoberta" era já ao "virar da esquina".



(Cálice de Lycurgus. Remonta ao século IV D.C.. Cálice romano feito de um vidro que parece verde sob luz reflectida, mas é vermelho translúcido quando a luz é transmitida através dele. O efeito óptico deve-se a nanopartículas compostas de ouro e prata com um diâmetro de 70nm.)




Ana Rita Maltez

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