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Astrónomo por um dia - canal UP
Há 13 mil milhões de anos, quando o universo era apenas uma criança de 600 milhões de anos, uma estrela gigante, com cem vezes o tamanho do Sol, explodiu. A imensa radiação gerada por esse evento demorou esse tempo todo a chegar às imediações da Terra, convertendo-se no objecto do Cosmos mais antigo e distante que se conhece, após ter sido detectado por uma equipa internacional de astrónomos.

No passado dia 23 de Abril, o satélite Swift da NASA, colocado a 600 quilómetros de distância da Terra, detectou uma radiação gama que parecia vir de longe.

Os cientistas demoraram seis meses a ter toda a informação acerca daquele evento ( que recebeu o nome de GRB 090423). Durou apenas dez segundos, mas o seu "eco" pôde ser seguido com diferentes telescópios terrestres durante horas, segundo publicou a revista Nature. O buraco negro detectado permitiu revelar que as primeiras estrelas apareceram rapidamente no Cosmos depois do Big Bang.

Na altura da explosão, como o universo era tão jovem (tinha 5% da sua idade actual), a estrela não podia ter mais do que umas dezenas de milhares de anos quando rebentou. Era tão grande que gerou tanta energia como cem sóis em toda a sua vida, o equivalente a lançar 30 mil quintiliões (30 mil seguido de 30 zeros) de bombas atómicas sobre uma cidade.

O espanhol Alberto Castro-Tirado, um dos autores da descoberta, explicou ao jornal El Mundo que fenómenos como estes são detectados todos os dias no espaço, mas só se pode observar um em cada mil porque a maioria não está na linha de visão dos telescópios. "Todos os dias nascem mil buracos negros em galáxias localizadas a dois mil milhões ou cinco mil milhões de anos-luz, mas só vemos aqueles que vêm na nossa direcção", explica.

Foi o que aconteceu neste caso. Para sorte dos astrónomos, quando a estrela explodiu, dois jactos de matéria saíram em duas direcções opostas a grande velocidade. Uma delas veio em direcção à Terra e, antes da sua chegada, ninguém sabia que existia uma galáxia tão longe. Agora os especialistas confiam que a vão poder ver com o futuro satélite espacial James Webb, que vai substituir o Hubble, ou com outros potentes telescópios terrestres, como o E-ELT.

"Se uma explosão deste tipo acontecesse a cinco mil anos-luz do nosso planeta , a radioactividade comprometeria a existência de vida", diz o astrónomo espanhol. O corpo celeste mais antigo detectado era uma galáxia 150 milhões de anos mais jovem do que a GRB 090423.

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